segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Carlos Ferreira " O CERVO E OUTRAS HISTÓRIAS" - 17 de agosto a 15 de setembro


O Cervo e outras histórias

Um cervo de ferro, mira o céu carregado de nuvens.
O cervo é negro, as nuvens cinzentas
(lá em baixo a vila e o rio)

Um cervo esquivo subindo o monte 
Tímido ou altivo? Fugidio ou curioso?

Uma escada que desce, um postigo à espreita,
Uma porta de grande batente, uma silhueta em fundo azul.

Uma varanda em ferro forjado, um rosto jorrando água (sempre ele, o granito)

Uma imagem, uma viagem, histórias que ninguém contou.

 

Carlos M. Ferreira

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Natural do Porto, Carlos M. Ferreira fotografa intensamente, como amador, desde os 20 anos.
Nos últimos 10 anos tem fotografado de forma mais convicta e compulsiva, fazendo novas experiências e apurando técnicas, nomeadamente o recorte, a colagem e a utilização de outros materiais de composição plástica.
Desenvolveu o gosto pelo pormenor dedicando particular atenção ao que o rodeia.
Interessa-se mais pelo detalhe que pela visão panorâmica ou de largo espectro.
Nunca recorre a programas de edição digital. O seu trabalho resulta, exclusivamente, do olhar atento e do disparo da máquina. A luz e o enquadramento são para si o mais importante. O ângulo de visão é também fundamental.
Em 2011 entendeu ser chegada a hora de mostrar o seu trabalho tendo realizado a primeira exposição em Dezembro no Hotel Boega, em Gondarém, Vila Nova de Cerveira. Em 2012 expôs em Cerveira (Casa do Turismo) e Porto (Ordem dos Médicos) Em 2013, além da presente mostra, expôs já em Matosinhos (Galeria da Biblioteca Municipal) e voltará a mostrar os seus trabalhos em Ermesinde (Fórum Cultural).







 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Fernando Magalhães "PINTURAS" - 08 de junho a 14 de julho


“o mundo na sua forma atual talvez não seja o único mundo possível”( PAUL KLEE)


A pintura é, para mim, uma das raras portas de saída do impasse tecno-filosófico do homem moderno. Contra as divisões arbitrárias, contra os cânones técnicos e estéticos herdados do passado. O homem deve sensibilizar-se a outras formas, mais autodidatas, mais puras, sem etiquetas.
A pintura deve constantemente renovar-se, hoje como antes, para que ela não falhe à sua missão de fonte de maravilhar, de vetor de progresso, de conhecimento e entendimento entre os homens.
Construo uma pintura aplicando manchas de cores sobre uma tela, sem nunca tentar dar-lhe um sentido. A força de agregar cores, formas espontâneas terminam por aparecer. E lá, o trabalho começa. Entro num diálogo subjetivo com a tela.
Assim, nestas formas espontâneas, procuro dar um sentido à obra, ou simplesmente ativar os sentidos, inconscientemente reencontrados: iluminando, escurecendo, escondendo, calmando, ativando, afastando, acariciando, amando... Atravessando assim a porta de um mundo, novos mundos se abrem a mim. Entro num universo onírico, onde o passado se mistura ao presente, o verdadeiro ao falso, o consciente ao inconsciente, o amor à morte. O resultado obtido é o mapa geográfico do mais profundo do meu inconsciente: um palimpsesto colorido. Acariciando assim as cores, espero fazê-las falar e, por elas, exprimir de mim uma obra cheia de beleza.

Fernando Magalhães